Evitrinne Amor à Saúde: Dor: O que ela diz sobre nós

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Dor: O que ela diz sobre nós

O cervo ferido (Frida kahlo, 1946)
Quantas vezes ficamos frustrados e arrastamos essa desolação na nossa mente, culpando o mundo por isso. Ou quantas vezes tentamos esquecer um acontecimento, sem que isso impeça que ela se intensifique na nossa memória?

Elas permitem reconhecer em nós, não poucas vezes, a irascibilidade, a impaciência e a falta de compaixão que nascem no nosso interior.
Não é raro darmo-nos conta de que algumas destas coisas são suficientemente dolorosas para que não as vejamos. O nosso cérebro está muito mais focado em evitar a dor do que em procurar a recompensa e, por isso, quando intuímos que vamos sofrer, normalmente paramos e a seguir desatamos a correr.
A aceitação impulsiona a acção, a assunção da responsabilidade, a ser alguém plenamente consciente de que sim, que é capaz de dar uma resposta ao que aconteceu. Quando nos acontece algo de que não gostamos (…) de imediato atribuímos um significado a esse acontecimento. É este significado que tem o poder para colocar em marcha emoções negativas como a ira, a frustração ou a angústia. Capturados pela emoção, é muito difícil sair dela se não entendermos a origem do que aconteceu e, por isso, a palavra-chave é a aceitação (não a resignação), que não é senão a reconciliação com a realidade.” (PUIG, Dr. Mario Alonso – Reinventar-se. A sua segunda oportunidade. A esfera dos Livros. Lisboa, 2011)

Aceitar significa permitir-nos sentir o que estamos a sentir, questionar-nos porque o estamos a sentir, e assim proporcionar o nosso autoconhecimento, ao mesmo tempo que essa emoção se vai abatendo naturalmente uma vez que foi compreendida. 

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