Parece algo inatingível quando há sempre acontecimentos ou pensamentos que nos perturbam. E à medida que crescemos vamos enfrentando cada vez mais obstáculos na nossa vida, seja algo que desejamos ter, seja algo que nos perturba e pela qual ansiámos por uma solução, enfim, uma data de situações que exigem de nós uma atenção constante e que nos tira a paz. Todos nós pensamos, se isto fosse assim, se eu tivesse aquilo, como se nunca estivéssemos satisfeitos com o que temos.
Na
verdade, a paz existe dentro de nós, mas nunca fomos educados para isso. A
nossa educação focaliza-se naquilo que “tens de ser” e não para aquilo que és
realmente. Essa postura em detrimento da motivação e da autodescoberta traz muitas
consequências para a nossa harmonia e para a nossa verdadeira realização. Mas quando
descobrimos que essa exigência é uma realidade exterior a nós e que apenas
temos de ser o que somos de forma natural, e que para isso basta descobrir a
nossa potencialidade, a nossa consciência pura, é como abrir uma janela para o
renascimento. Faz-nos sentir preenchidos. Mas isso requer alguma dedicação, uma
vez que não é fácil mudar a nossa percepção ou os nossos vínculos com a
realidade em que fomos colocados: realizações, ansiedade, problemas, doenças, etc.
Este processo de libertação começa por esvaziar a nossa mente do sistema estabelecido, e começar um processo de renascimento: ouvir a nossa consciência. O estado de consciência é a nossa forma natural, é aquilo que realmente somos. E esse estado só é conquistado quando a nossa mente, o nosso corpo e o nosso espírito estiverem em sintonia. A forma mais simples de conquistar esse estado é começar por treinar a nossa mente.
A
nossa mente é um instrumento onde guarda memórias, defesas, conceitos, etc. Reúne
um conjunto de material útil para sobrevivermos e resolvermos problemas no
nosso dia-a-dia.
O problema começa quando nos identificamos com a mente, ou seja, quando deixamos que ela nos use, e que controle os nossos pensamentos. É como deixar um carro conduzir por nós, o resultado não vai ser bom, a não ser que ele tivesse sido realizado para esse efeito, mas não foi o caso.
O problema começa quando nos identificamos com a mente, ou seja, quando deixamos que ela nos use, e que controle os nossos pensamentos. É como deixar um carro conduzir por nós, o resultado não vai ser bom, a não ser que ele tivesse sido realizado para esse efeito, mas não foi o caso.
Agora
resta-nos saber como controlar a mente para que não seja confundida da sua
função, e que deixe de nos causar conflito, como o caso da ansiedade e do medo
constante. A mente controla-se com treino, e a esse treino chamamos-lhe
meditação.
A
meditação é um exercício, não apenas para acalmar a mente no momento do próprio
exercício, mas vamos levar essa tranquilidade, esse controlo para o nosso
dia-a-dia. Para isso acontecer só temos de treinar uns minutos por dia.
Processo de Meditação:
- Durante a meditação é importante que nos sentemos numa posição confortável, sentado ou deitado, com o corpo completamente relaxado, mas com postura correcta, simétrica, com os braços em cima dos joelhos (quando sentados) ou paralelamente ao corpo (quando deitados).
- Fechamos os olhos
- Começamos simplesmente a prestar atenção à nossa respiração, o percurso que ela faz (inspiração; entrada do ar nos pulmões; expiração; saída do ar dos pulmões). E fazer este exercício durante uns minutos, que poderemos aumentar a cada dia de exercício.
- Ao focarmo-nos na respiração, vão-nos surgir outros pensamentos (problemas, desejos, etc.) mas imediatamente voltamos a focar-nos na respiração, e sempre assim.
- Com a insistência no exercício vai-se tornando mais fácil não nos distrairmos com pensamentos, e aos poucos levaremos isso para o nosso dia-a-dia.
Sempre que sentir ansiedade lembre-se do seu estado enquanto medita!
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