O cervo ferido (Frida kahlo, 1946) |
Quantas
vezes ficamos frustrados e arrastamos essa desolação na nossa mente, culpando o
mundo por isso. Ou quantas vezes tentamos esquecer um acontecimento, sem que
isso impeça que ela se intensifique na nossa memória?
Elas
permitem reconhecer em nós, não poucas vezes, a irascibilidade, a impaciência e
a falta de compaixão que nascem no nosso interior.
Não
é raro darmo-nos conta de que algumas destas coisas são suficientemente
dolorosas para que não as vejamos. O nosso cérebro está muito mais focado em
evitar a dor do que em procurar a recompensa e, por isso, quando intuímos que
vamos sofrer, normalmente paramos e a seguir desatamos a correr.
A
aceitação impulsiona a acção, a assunção da responsabilidade, a ser alguém
plenamente consciente de que sim, que é capaz de dar uma resposta ao que
aconteceu. Quando nos acontece algo de que não gostamos (…) de imediato
atribuímos um significado a esse acontecimento. É este significado que tem o
poder para colocar em marcha emoções negativas como a ira, a frustração ou a
angústia. Capturados pela emoção, é muito difícil sair dela se não entendermos
a origem do que aconteceu e, por isso, a palavra-chave é a aceitação (não a
resignação), que não é senão a reconciliação com a realidade.” (PUIG,
Dr. Mario Alonso – Reinventar-se. A sua segunda oportunidade. A esfera dos
Livros. Lisboa, 2011)
Aceitar
significa permitir-nos sentir o que estamos a sentir, questionar-nos porque o
estamos a sentir, e assim proporcionar o nosso autoconhecimento, ao mesmo tempo
que essa emoção se vai abatendo naturalmente uma vez que foi compreendida.
Um bom projeto. Continue. L-U
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