Sou adepta de que reservar tempo para connosco mesmos é necessário para nos auto-conhecermos. Um tempo de reflexão, de crescimento e, quem sabe, de um despertar. E quando as férias batem à porta, porque não parar para começar este percurso?
Manter-nos sempre ocupados faz-nos conhecer o mundo, os outros, as novidades e viver experiências novas. Mas com esta ocupação constante da nossa agenda, corremos o risco de nunca despertarmos para a nossa verdadeira essência.
Conhecemos os outros, mas não nos conhecemos. Vivemos a vida dos outros, mas não vivemos a nossa. O mundo distrai-nos. Poderemos nunca sentir realmente o nosso verdadeiro ser, sentir o nosso verdadeiro potencial enquanto seres humanos. Corremos o risco de vivermos sempre de forma remediada, quase como sobreviventes. Corremos o risco de sermos mendigos de padrões, de modas, de rotinas vazias, que nos faz ressacar quando se fazem faltar.
Fugir é não permitir-nos reflectir, é escapar ao corpo de dor, é não permitir dar um passo em frente. Fugir é ter medo daquilo que não gostamos de ver, de ouvir, de sentir, de lembrar. Não fugimos de nada a não ser de nós mesmos.
Despertar é ter coragem para ver, ouvir e sentir. Despertar é tentar perceber o que vemos, o que ouvimos e o que sentimos. Despertar é abrir-nos para a reflexão, é dar liberdade à consciência. Despertar é dar o próximo passo. Despertar é abrir-nos ao amor, à bondade, à compaixão. É viver em serenidade e em humildade. É distinguir o que é bom do que é mau. É estarmos preparados para dar, mais do que para receber. Despertar é dar-nos a oportunidade de viver de acordo com a nossa consciência.
Homem feliz é aquele que, ao despertar, se encontra com prazer, se reconhece com aquele que gostaria de ser. (Paul Valéry)
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